Nossa História

Onde Tudo Começou

Há pouco mais de 25 anos, o zootecnista Antônio Carlos Lopes do Amaral, que hoje teria, 59 anos, porém veio a falecer em janeiro de 2012, deixou de trabalhar nas fazendas de gado do pai, em Santa Fé do Sul, município do interior paulista, distante 640 quilômetros da capital, e se mudou para Pontes e Lacerda, em Mato Grosso, a 460 quilômetros de Cuiabá. Entre os dois extremos – Santa Fé do Sul e Pontes e Lacerda – são quase 1.600 quilômetros e 20 horas de viagem por rodovia. Em Mato Grosso, Amaral fez a vida como pecuarista, também construiu uma família, casou-se com a cirurgiã-dentista, Sonia Ambar do Amaral e teve três filhos. O mais velho, Antonio Ramon, e os gêmeos, Guilherme e Felipe, que todos os dias viajavam 80 quilômetros de ida e volta à escola mais próxima da fazenda. Saldo da história? Quase três décadas depois, a família tem mais um zootecnista e dois veterinários. Com os filhos formados, Amaral decidiu que era hora de novamente mudar o rumo da vida.

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Sem abandonar a pecuária, em 2006, o time de zootecnistas e veterinários de sobrenome Ambar Amaral iniciou mais um negócio, desta vez na água, ao apostar na criação de peixe em cativeiro e fazer o caminho de volta a Santa Fé do Sul. “O peixe serviu para unir a família e fazer com que os três irmãos trabalhassem juntos, embora de forma independente”, diz Amaral. A Família já investiu em uma fazenda d’água, uma fábrica de ração e um frigorífico. “Tudo o que ganhamos nestes cinco anos, reinvestimos”, diz Amaral. “E estamos só começando nosso negócio de piscicultura.”

A família Ambar Amaral está de olho na chamada revolução azul, nome dado na última década ao desenvolvimento da produção de pescados em todo o mundo, que é uma referência à revolução verde ocorrida na agricultura no final da primeira metade do século passado. Ao utilizar novas tecnologias, os agricultores multiplicaram a produção das lavouras de grãos, em especial com fertilizantes cada vez mais potentes.

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Para iniciar o negócio na aquicultura, Amaral não fugiu à regra: investiu na tilápia. Visitaram todos os projetos de criação e os poucos frigoríficos de abate de peixes na região para chegarem ao seu próprio modelo de produção. Entre 2006 e o início de 2009, quando foi inaugurada a indústria de ração, a família fechou o que eles consideram o primeiro ciclo do negócio. Na divisão de trabalho, um dos filhos de Amaral, ficou encarregado de tocar as fazendas de gado , na piscicultura, Amaral colocou à frente da produção de peixe e do Frigorífico Brazilian Fish o filho mais velho, e o outro , que também é zootecnista como o pai, administra a indústria de ração, que atualmente produz 30 mil toneladas, por ano, de alimento destinado a cavalos e peixes. Integrados dessa maneira a fábrica de ração, frigorífico e piscicultura. A Brazilian Fish foi Inaugurada em 2008, criar peixe em cativeiro foi a fórmula encontrada pelo pecuarista Antônio Carlos Lopes do Amaral para manter os três filhos no agronegócio.